sexta-feira, 3 de junho de 2011

Epílogo

Já vão longe os saudosos anos dos tempos de juventude em que o mundo mudava ao ritmo alucinante das horas que passavam sem parar para ao menos nos cumprimentar. Um "Bom dia" certamente ficaria bem. Mas o porto de abrigo, esse, mantinha-se sempre lá, inalterado com o passar dos anos. Paredes nuas e frias que aqueciam ao som das palavras de todos os que por ali passavam e paravam. 
As Arcadas na sua forma física eram o espaço onde passava muito do meu tempo fora de aulas nos últimos anos de escola, espaço que eternamente fica gravado na memória pelas recordações de tudo o que ali vivi, pequenos pedaços de história que fazem de mim o que sou hoje, pedaços que história que fazem o meu EU. Mas, contudo, as Arcadas eram mais do que apenas o espaço físico que ali se mostrava em todo o seu esplendor arquitectural, eram também um espaço criado cá dentro onde podia dar liberdade ao que nem sempre era possível dizer. Para isso, fui escrevendo e produzindo alguns rastos de pensamentos escorridos em tinta a que alguns chamaram de arte, que para outros eram rabiscos mas que para mim era o EU.

Assim eram as Arcadas... aquele espaço mítico por onde se passeavam todos os dias os planos, os sonhos, as alegrias mas também as tristezas e as desilusões.

Assim eram as Arcadas... assim são as minhas arcadas, o meu espaço que aquece ao som das palavras, as minhas palavras.


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